Que
melhor dia haveria para iniciar uma nova fase na minha vida literária com uma
grande novidade?
Foi
devido à morte da minha mãe que me virei para a escrita e ainda mais para a
leitura. Estaria à procura de um porto de abrigo? De me abstrair do mundo real
e penetrar noutros mundos que me tirassem a dor do que acontecera?
É
provável que sim.
A
verdade é que foi algo natural, algo que senti dentro de mim que queria sair do
meu corpo, da minha alma. A dor fora tanta, tão dilacerante, que precisava de
me concentrar em algo que me tirasse da dura realidade em que me encontrava.
Escrever e ler aliviou muito o meu sofrimento. Fez-me ver que a vida continua e
que, mesmo que estejamos no fundo do poço, haverá sempre uma escada algures.
Resta-nos procurá-la na escuridão. Há quem demore mais que outros e até há quem
nunca a encontre. Mas a literatura e o desporto foram a luz que me guiou para
fora do poço e do abismo de que muitos não conseguem fugir. Mas eu consegui.
Foi
na literatura que aprendi que por muito mal que estejamos, por muito
encurralados e magoados, há sempre uma forma de recuperarmos da tristeza e de
voltarmos a ser felizes.
Hoje
a minha mãe faria anos. A vida, por vezes, é madrasta e injusta, mas foi
precisamente a minha mãe que me apresentou o mundo da literatura e do Harry
Potter, ao oferecer-me o primeiro livro da saga. E que bem que ela fez. Sem
ela saber, deu-me a fórmula que me permitiu superar a sua morte e perceber como
o podia fazer da melhor forma. Harry Potter é uma história que
mostra a luta tempestuosa entre o bem e o mal, entre o fazer o que está certo e
o que é fácil. É a prova de que todas as nossas decisões têm consequências, por
vezes devastadoras. É uma história de amor e de amizade. É uma constante lição
de vida, de como devemos aceitar todos os que são diferentes e que esses são,
inclusivamente, ainda mais especiais e de valor. Mostra que se lutarmos muito
podemos atingir aquilo que nos propusemos a alcançar. É uma história de
superação da perda dos pais, de amigos e familiares, rumo ao bem maior e Ã
felicidade. É mostrado que, por muito tortuoso que o caminho na luta contra a
escuridão possa parecer, será sempre mais fácil se não estivermos sós e se tivermos
quem nos ajude e caminhe ao nosso lado. São inúmeros os exemplos de pessoas que
superaram momentos muito maus das suas vidas graças a estes sete livros
magnÃficos. Eu fui apenas mais uma.
A
escrita sempre foi muito importante para mim. Foi o meu porto de abrigo. Foi um
farol que me permitiu focar em algo que realmente valesse a pena. É por isso
que nunca desisti de lutar pelos meus livros, nem por condições de publicação e
divulgação melhores para chegar a cada vez mais leitores. Sinto que, se desistisse
perante todas as dificuldades que já encontrei nestes anos, estaria a falhar
não só com vocês, meus queridos e estimados leitores, mas para com a minha mãe.
E isso não pode ser.
Quero
muito partilhar histórias convosco, histórias que vos façam sorrir, emocionar,
acelerar o coração e que vos façam pensar na vossa vida, nas vossas atitudes ou
na relação com os outros.
A
verdade é que a vida pode ser bastante simples se formos todos bondosos.
A
grande novidade que vos queria contar hoje é a seguinte:
Assinei
um contrato de agenciamento com a Agência das Letras.
A
Agência das Letras é uma agência literária recente, mas recheada de pessoas
empreendedoras e conhecedoras do meio editorial como poucos. O meu agente, João
Gonçalves, ir-me-á guiar e ajudar rumo ao meu objectivo. Mas, para isso,
precisarei de vocês. Vocês, meus amigos leitores, são a alma desta aventura
literária, deste meu querer em escrever cada vez mais e melhor e de partilhar
histórias convosco.
O
importante, agora, é o facto desta ser uma nova fase com a qual estou muito entusiasmado.
E
sei que, com o vosso apoio, tudo será possÃvel. Obrigado por tudo!
Conto
convosco para darmos um novo impulso a esta aventura literária?
Leiam,
comentem e partilhem. Esta é a base para o impulso que pretendo dar convosco.
Espero
ter novidades nos próximos meses e, brevemente, conto ter algumas surpresas.
Até lá, irei preparar tudo com o máximo de cuidado sem nunca perder o foco e a
razão de escrever. E de como tudo começou.
Hoje
a minha mãe faria anos.
Parabéns,
Mãe.
Sempre
vosso,
Bruno
M. Franco